A
ABC está apostando que “American Crime”, novo drama da
emissora, será um sucesso e abrirá discussões quando ocorrer sua estreia, em março.
A
nova série limitada do ganhador do Oscar,
John Ridley (“12 Anos de Escravidão”) segue a investigação e o julgamento em
tordo do assassinato racial de um veterano na cidade de Modesto, na Califórnia.
A partir de várias perspectivas, incluindo personagens interpretados por Felicity Huffman, Timothy Hutton, Regina King,
Benito Martinez e Elvis Nolasco.
Embora
“American Crime” tenha sido
desenvolvida antes da alegada onda de brutalidade policial, Ridley observa que
os telespectadores vão descobrir que a série irá traçar paralelos com os
acontecimentos que envolveram a morte de Michael
Brown, em Nova York, e outras instâncias que fizeram manchetes nos últimos
anos.
“Houve dificuldade em
fazer a série, porque o que você faz, você quer que seja relevante em um certo
grau”, disse Ridley
aos repórteres do Television Critics
Association. “Quando nós
originalmente começamos a trabalhar na série, houve momentos em que nós
pensamos que não éramos mais relevantes, que deixamos algumas coisas para trás.
Então, conforme a série estava indo adiante, nós percebemos que, infelizmente,
estávamos prevendo algumas coisas. A realidade é que esses eventos continuam
acontecendo neste país”.
No
entanto, Ridley insiste que nunca teve a intenção de explorar esses eventos. “Ao mesmo tempo, você quer construir um
espaço em que as pessoas possam reconhecer que a série não é puramente um entretenimento
vazio”, continuou. “Nós não estamos
tentando reconhecer as coisas que estão acontecendo. Muitas vezes, quando se
fala de uma imagem específica, não era necessariamente sobre... colocar coisas
no roteiro que estão acontecendo. Às vezes é apenas um tiro, uma imagem,
é algo que ressoa, seja com o ‘mãos pra cima, não atire’, ou estar sob os olhos
de um policial que percebe que a situação está prestes a sair do controle. A
este respeito, nós nos encontramos em um espaço onde queríamos ter certeza que
poderíamos ser honoríficos com os eventos, e não se preocupar em perseguir estes
eventos, mas perceber que sim, as pessoas – estando ou não com a razão –, vão
perceber os paralelos que estamos fazendo”.
Ainda
assim, Ridley observa que sua história é muito mais baseada em temas da perda,
e reações pessoais e emocionais das famílias, tanto da vítima, quanto do
agressor. “Não é sobre a polícia. Não é
sobre isso. É realmente sobre a família”, disse. “Nestes eventos, podem-se demorar meses, se não anos, para conseguir
lidar com a perda e, por muitas vezes, simplesmente não há uma resolução”.
De
qualquer forma, os telespectadores podem obter uma resolução com os 11
episódios da primeira temporada. Como o presidente da ABC, Paul Lee, observou anteriormente: “American Crime” vai seguir o formato de “True Detective”, exibida pela HBO. A cada temporada, um novo crime
e novos personagens serão inseridos. Logo, nenhum dos atores deste primeiro ano
estará no segundo, caso ocorra a renovação.
“American Crime” estreia quinta-feira,
dia 5 de março, às 22h, na ABC.
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